quinta-feira, 11 de junho de 2015
um ano ago
A 365 dias atrás eu estava dando o meu primeiro passo na direção do meu maior desejo na vida: conhecer o mundo! Mal sabia eu o quanto, nesse período tão curto, minha vida, minha cabeça, meus planos, e eu inteira, mudaria.
A um ano atrás, uma Amanda inocente e cheia de sonhos observava o mundo com olhos brilhantes cheios de inseguranças. A cada passo que dava em direção ao avião, suas pernas balançavam e sua barriga se enchia das maiores borboletas que nenhum amor havia lhe dado. Tudo que eu vi e vivi a partir desse dia, a um ano atrás, foi novo, foi lindo, e foi vivido com toda a intensidade que uma garota pode querer. E como nem tudo são flores, foi então que eu cresci.
Levar tapa na cara da vida, quando você mora debaixo do teto dos seus pais, perto da sua família e dos seus amigos, é uma coisa. Mas experimenta levar tapas na cara e chutes no estômago quando você esta praticamente sozinho fora do ninho. Perrengue de boss machista autoritário, desespero de não saber de onde tirar dinheiro pra sobreviver a outro mês, ter três sub-empregos ao mesmo tempo, gossip de colegas no trabalho pra te derrubar, quebrar a cara no até então amor-da-sua-vida e reconhecer a banheira do seu bachelor como sua melhor e única amiga... Sinceramente? Foi a melhor coisa que podia me acontecer! E to aqui agora, lembrando dos maus bocados, porque dos bons eu já me lembro todo-dia-o-tempo-todo.
Eu, quando fecho os olhos, quase sinto a brisa fresquinha do pacífico de quando eu saia do prédio em que morava, a um quarteirão da praia e outro de um parque enorme. Eu visualizo cada árvore cada flor cada planta nas janelas da rua, e o quanto rosado era o sol batendo nas folhas que tomavam o hotel da esquina. Eu ainda sinto meu sorriso de canto de boca e a leveza do meu corpo em cada passo que dei naquela praia ao pôr do Sol.
Posso ser a dona de uma das piores memórias do mundo, mas os detalhes de tudo que vivi na minha extrema liberdade ficarão fincados em mim pra sempre. São nesses detalhes que a vida me mostrou o quanto pequena eu sou no mundo, e o quão maravilhoso isso é. Quanto menor eu sou, mais detalhes do mundo eu posso ver, eu posso viver.
A um ano atrás, uma Amanda olhou por cima do ombro ao embarcar na primeira melhor viagem da sua vida, e junto com seus pais e pessoas amadas chorando, ela se despediu dela mesma, pra poder ser uma Amanda maior.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
dúzias de mim
Eu sou uma pessoa diferente segundo o olhar de cada um que me vê.
Alguns gostam de mim porque tudo o que eles notam são meus sorrisos, e eles enxergam o quanto meus olhos brilham quando eu falo sobre meus sonhos. Outros me detestam porque existem rumores de que eu estou perdida e tudo o que eu falo não passam de mentiras.
A beleza nisso tudo é que eu sou uma pessoa, mas como os outros me percebem torna-me dúzias e dúzias de pessoas distintas. Imagine só quantas vidas variadas eu posso estar vivendo na cabeça dessas pessoas? Eu sou todo mundo e tudo cuidadosamente composto em apenas um ser humano.
Eu estou viva.
Alguns gostam de mim porque tudo o que eles notam são meus sorrisos, e eles enxergam o quanto meus olhos brilham quando eu falo sobre meus sonhos. Outros me detestam porque existem rumores de que eu estou perdida e tudo o que eu falo não passam de mentiras.
A beleza nisso tudo é que eu sou uma pessoa, mas como os outros me percebem torna-me dúzias e dúzias de pessoas distintas. Imagine só quantas vidas variadas eu posso estar vivendo na cabeça dessas pessoas? Eu sou todo mundo e tudo cuidadosamente composto em apenas um ser humano.
Eu estou viva.
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