Páginas

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mais um mês

Não consigo ficar se não for totalmente apaixonada pela maneira como você transforma as minhas coisas. Sou tão livre para ser quem sou, e é justamente o seu sorriso quem me liberta. Sabe, eu não esqueço nunca do primeiro dia em que te vi no salão e do seu cabelo grande que me chamou a atenção. E eu acho tão lindo o jeito como você fecha os seus olhos, e como você me espia enquanto eu te espio me espiar, e também o jeitinho como você fala que é tão seu, gosto até de como você canta as músicas que eu odeio! Gosto de como você me abraça na rua, e de como você beija, como você me beija. Eu só queria dizer o quanto eu te amo, e que eu sempre durmo para te ver no dia seguinte.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

uta.

Aquela cara de desastre vestia tudo a sua volta. Ela só gostaria de ter pípulas que carregassem toda a angústia para longe do seu alcance, num canto escondido bem no fundo do seu corpo. Sim, seria pedir demais adiar os problemas, pois tudo se acumularia de qualquer forma no fim. Não se pode esquecer uma decepção, não tão fácil assim.
Algumas músicas a empulsionaram escrever. Mas não cartas de amor, implorando para a sua felicidade continuar nos braços de quem sempre esteve. Ela mal conseguia assistir seu sorriso através do espelho - havia ficado muito amarelado.
Agora, só faltava aturar o seu pior pesadelo até que terminasse. Enquanto isso, prometia para as paredes de seu quarto e para os quadros mortos do corredor, que iria parar de chorar em vão. Porém, vãs, eram suas próprias promessas. Tudo bem, vai... pelo menos o escuro escondia a sua tristeza, e o futuro, mais tarde, a confortaria com erros engraçados. Percebe sua vida começando à partir desse não ardido? Sei que é difícil, mas tente entender: foi apenas a negação de uma escolha única; te sobra todo o resto. Já está na hora de cair em si.

- Ei, não volte para mim.

A liberdade se fantasiou de mudanças que ela ignorou por tanto tempo, que agora lhe corre pela espinha uma enorme sensação de vergonha. Que puta idiotice! Mas sempre dá tempo, tem que dar. Coloque os óculos, querida. Você já pode ver.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

quem levα αs estrelαs emborα

quαndo é diα?
quem tirα meu cαnsαço
enquαnto eu durmo?
quem trαz o αmor
vestido em umα pessoα?
quem colocα αs pαlαvrαs
dentro dα lαpiseirα?
quem sαbe o que é sentimento?
quem diz o que sinto por dentro?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

transposto.

Talvez você tenha uma idéia relativa do quanto você é importante para mim. A culpa da frase ter o relativa, talvez seja minha. Talvez, a frase não precise dela. Talvez a minha cabeça que se confunde com o modo certo ou errado de enxergar as coisas, e com o modo que as coisas são, relativamente, sendo. E o que é? É a confusão que todo sentimento provoca nas nossas idéias. Lembrando e relembrando sorrisos, palavras, toques, nucas e cílios. Mas com confusão, ou sem ela, é você que bate e rebate nos meus pensamentos por todo tempo. E eu sei que você sabe,
eu te amo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Para um dos meus fantasmas

Isso soa como idiotice, mas ultimamente eu tenho me imaginado de frente com você, tocando no violão suas músicas favoritas. Será que você desviaria o olhar se eu cantasse para os seus olhos? Não sei tocar violão.
Queria já estar acostumada com o barulho que você deve fazer quando coloca as chaves em cima da mesa, ou saber que você chegou de ouvir o som da porta bater. Mas nossa rotina não se cruza dessa maneira.
Acho que nunca te contei, mas eu ainda acordo de madrugada procurando seu cheiro nos lençóis. É que o seu nome ainda não consegue me descrever seu perfume. Tem noites que paro pensamentos em como eu gostaria que meu travesseiro fosse seu peito, porque nessas últimas semanas, eu tenho dormido de lado só para que você caiba na minha cama.
A verdade é que paraliso toda vez que passo por alguém que tenha nos cabelos e olhos a mesma cor dos seus. E quando já nunca te esqueço, todo canto me faz te lembrar, você cabe em todos os lugares. Bem que poderia estar aqui para apagar as luzes e beijar a minha boca.
O que será que você faz enquanto escrevo? Tenho inveja de qualquer um que te conquiste a atenção, e tenho ciúmes de todos os seus sonhos. Tenho raiva daqueles que te querem, e tenho vergonha de admitir. Tenho muito medo dos seus planos e de não estar neles. Tenho tanta sorte de me sentir como sinto, mas sei também do azar que é não poder te encaixar o tempo todo aqui comigo. Tenho pensado bastante em nós e no que - ainda - não somos. Odeio estar tão apaixonada, mas é o que mais me faz sorrir.