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domingo, 8 de dezembro de 2019

impermanência

Que faz meu nome fora da tua boca?
Quisera eu enxergar o que observava teu olhar cansado, que não meu peito descompassado e meu colo ansioso. O que te prende em devaneios, e me embaça frente teus olhos? O que há detrás de minha nuca?

- minha voz soou como um eco: percebo o esforço em voltar e a tentativa de entender as palavras que estouram como um soluço agoniado - 

Desconexos. Bastou alguns segundos para que o silêncio se instaurasse entre nós, criando um vão que engolia as frases não ditas. Nos reconhecemos como dois desconhecidos. Perdidos um do outro e daquilo tudo que podíamos ser e não fomos. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ex-carta

sou dessas que não sabe encerrar um assunto sem uma última conversa onde seja possível, aom enos, tentar clarear as coisas, tentar entender o porque e colocar um ponto final nas conversas que nunca aconteceram. pessoalmente não tivemos a chance, e por mensagens tudo saia errado, eu venho por Eu sou dessas que não sabe encerrar um assunto sem uma última conversa onde seja possível, ao

menos, tentar clarear as coisas, tentar entender o porque e colocar um ponto final nas discussões. E já

que pessoalmente não tivemos a chance, e por mensagens tudo saia errado, eu venho por meio desta

carta, organizar pensamentos, expirar o que sinto ser preciso, deixar ir. Talvez seja a escritora de

dentro de mim pedindo, também, pra sair.

Com você tive o relacionamento que desejei. Apesar de qualquer problema - porque sempre haverão

problemas -, eu fui muito feliz. Demorei te amar, porque, ainda, tenho medo do amor. Eu sei o quanto

amar é bom, mas não é tão fácil assim colar todos os pedacinhos quando alguma coisa quebra dentro

da gente. E em mim, o que quebrou foi o amor. Com você eu corri atrás de melhorar o tanto que

pude, no tempo que consegui, e quis muito te fazer feliz. Apesar de qualquer problema - porque

sempre haverão problemas.

De maneira sincera, lhe peço desculpas que, ao fim, tudo ficou tão pesado pra você. A intenção nunca

foi essa. Essa coisa ruim que me acompanhava, e que eu achava ter ido embora no momento que te

conheci, ela não é minha. Eu já tratei de mandar ela embora - antes tarde do que nunca. To me

conectando novamente com quem eu era, dia-a-dia, to chamando aquela Amanda, imatura porém

inteira, leve, que sorria por qualquer besteira, e que amava, de corpo e alma… Cada dia eu trago ela

mais pra perto. Acendi as sete velas azuis, fechei o olho e chamei a luz pra dentro de mim. E ela tava

lá, logo na primeira vez. Tem luz de todo lado agora.

Eu não entendia, porque, me trancar pra fora como você fez. Passei por todas as etapas: raiva,

indiferença, falta, raiva de novo, tristeza que parecia não ter fim, aceitação e, agora, acho que começo

a compreender. Sem isso, estaríamos ainda sem enxergar o que era preciso pra cada um. A fase agora

é de querer saber o que foi que você enxergou, mas sabendo que não me pertence perguntar. E não

to perguntando, mesmo. Mas precisei escrever, pra entender o que eu mesma to sentindo, aqui, e

agora. Encher o papel branco de palavras a fim de torna-las reais, fisicas, palpáveis.

Eu entendo você. E peço perdão por te machucar.

Você foi uma história de amor linda, que vou carregar comigo pra sempre, que tiro grandes lições, que

me reconstruiu, ao invés de sair ainda mais quebrada do que entrei.

Que vivamos. Que saibamos viver.

E que você possa ser feliz por ser você.

Obrigada por esse capítulo lindo.meio desta

carta, organizar pensamentos, expirar o que sinto ser preciso, deixar ir. Talvez seja a escritora de

dentro de mim pedindo, também, pra sair.

Com você tive o relacionamento que desejei. Apesar de qualquer problema - porque sempre haverão

problemas -, eu fui muito feliz. Demorei te amar, porque, ainda, tenho medo do amor. Eu sei o quanto

amar é bom, mas não é tão fácil assim colar todos os pedacinhos quando alguma coisa quebra dentro

da gente. E em mim, o que quebrou foi o amor. Com você eu corri atrás de melhorar o tanto que

pude, no tempo que consegui, e quis muito te fazer feliz. Apesar de qualquer problema - porque

sempre haverão problemas.

De maneira sincera, lhe peço desculpas que, ao fim, tudo ficou tão pesado pra você. A intenção nunca

foi essa. Essa coisa ruim que me acompanhava, e que eu achava ter ido embora no momento que te

conheci, ela não é minha. Eu já tratei de mandar ela embora - antes tarde do que nunca. To me

conectando novamente com quem eu era, dia-a-dia, to chamando aquela Amanda, imatura porém

inteira, leve, que sorria por qualquer besteira, e que amava, de corpo e alma… Cada dia eu trago ela

mais pra perto. Acendi as sete velas azuis, fechei o olho e chamei a luz pra dentro de mim. E ela tava

lá, logo na primeira vez. Tem luz de todo lado agora.

Eu não entendia, porque, me trancar pra fora como você fez. Passei por todas as etapas: raiva,

indiferença, falta, raiva de novo, tristeza que parecia não ter fim, aceitação e, agora, acho que começo

a compreender. Sem isso, estaríamos ainda sem enxergar o que era preciso pra cada um. A fase agora

é de querer saber o que foi que você enxergou, mas sabendo que não me pertence perguntar. E não

to perguntando, mesmo. Mas precisei escrever, pra entender o que eu mesma to sentindo, aqui, e

agora. Encher o papel branco de palavras a fim de torna-las reais, fisicas, palpáveis.

Eu entendo você. E peço perdão por te machucar.

Você foi uma história de amor linda, que vou carregar comigo pra sempre, que tiro grandes lições, que

me reconstruiu, ao invés de sair ainda mais quebrada do que entrei.

Que vivamos. Que saibamos viver.

E que você possa ser feliz por ser você.

Obrigada por esse capítulo lindo.