As vezes eu sinto vontade de poder falar livremente das minhas cores. Sejam os meus verdes, o vermelho ou o azul. E essa falta de ter sobre o que escrever, de estar presa apenas às palavras, aquelas que me levam até as nuvens. Eu queria um ouvido de ouvir sincero, para enchê-lo de significado em todas as minhas falas; é como aquelas fotografias em porta-retratos, as que ficam em cima de um móvel bonito no meio da sala. Elas seguram alguns momentos, de entender mesmo, só quem viveu. E se me entende, por favor, que me convide a viver. Sempre.