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sexta-feira, 16 de abril de 2010

a fresta de não sei onde, o raio de não sei o quê

Um fio cor de sol atravessava a sala escura. Nasceu na parte baixa do chão esquerdo, se estendia em forma de arco e morria mais laranja do que o começo na outra ponta, tal como um arco íris de um único tom. O laranja era uma linha curva e nada mais. A sala que desde sempre nunca teve janelas, portas ou pessoas, estava destinada em ser apenas uma sala de quatro paredes que juntas representavam um quadrado. O quadrado pouco cíclico, formado por cantos que nunca iriam se juntar, ângulos que dentro daquele quadrado eram tão iguais. Até o dia em que um fio laranja atravessou a sala escura pela primeira vez. O pequeno clarão produzido por aquela novidade encheu a sala de outra coisa que não o negro. Era uma luz bonita, sedutora, e em cada canto da sala era visto um degrade diferente. Agora era uma sala escura com o fio da cor do sol.

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