O que me dói nessa hora são minhas mãos. Mãos de poeta, escritas e impulsivas. Letras feias, rabisco. Mãos de gente, que sentem mais que tudo, que alimentam e matam, que transam e que vendem. Que amam. Tudo pelas mãos. E as minhas me conhecem melhor do que eu própria. Doem e resistem falidamente aos textos e ao meu sentimentalismo bobo, assim como agora. E eu amo, sem querer e saber o porquê. Amo as dificuldades, amo a ilusão, a vida nas mãos e no papel, cada vez mais interessante e misteriosa que o próprio viver. E nego-me a qualquer outra maneira de seguir em frente. No momento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário