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domingo, 17 de abril de 2011

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"

Florbela Espanca

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Medo do escuro

Sabe quando se sonha estar caindo de um prédio, sem saber ao certo quem te empurrou, e acordar num chute, antes que se chegue até o chão? Ou quando se sonha que se perdeu no meio do caminho, de uma cidade de cores desbotadas, que você não sabe quando-como-porque-ou-onde elas desbotaram, numa rotina que a gente até esquece como se formou? Às vezes é impossível arrumar os porquês, mas se continua andando, ainda que sem sentido. Foi olhando assim que eu aprendi. Parece que é só medo, um puta medo de recomeçar. Mas será que dá para recomeçar? A gente até fica feito um quarto que se torna vazio por causa das luzes apagadas - não se pode ver os móveis, mas eles ainda estão lá.