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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

a espera

Essa vida sempre foi uma sedução.
Bem que eu poderia ter esperado um dia menos quente para sair de casa, ou esperado um momento melhor para ter me apaixonado. Sei lá, alguma hora em que eu a visse mais de perto. Só que no fundo, sei que não seria diferente. E se fosse, jamais chegaria essa tal hora, jamais existira o perto. Hoje, por querer tanto, o perto existe nos sonhos, é comida da vontade, e cabe nas madrugadas de sono ou insônia.
Mas o que eu queria mesmo saber é o que se faz quando se espera. Eu quero dizer, qual é a ação que rege o verbo esperar? Não falo necessariamente de sentar-se em frente ao relógio, de braços cruzados, acompanhando os ponteiros andarem. Às vezes, acredito que ninguém espera de fato. E se espera, é porque sente. Esperar é sentir, sentir muito, ou sentir antecipadamente o que a gente quer pintar para o futuro. E se de repente eu espero, vou também esperar que tudo não seja apenas um grande desperdício.

3 comentários:

  1. Eu espero que eu não esteja a esperar em vão, porque eu sempre acreditei tanto na vida, sempre acreditei tanto que, sim, tudo tinha que acontecer do jeito que acontecia.
    To esperando, e enquanto eu espero (como quem espera por godot), vou vivendo.
    E não, não vai ser um grande desperdício, flor. Nunca é.
    Um beijo doce.
    ( eu te adicionei no msn :) )

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  2. Ow moça,
    deu pra sentir bem 'a espera'...
    ás vezes não é nem espera, pode ser engano.
    Na verdade a 'espera' passa a ser engano quando mudamos a pessoa quem esperamos;

    Adorei a visita, gostei mais ainda desse espaço por aqui .. ;D
    Passe mais vezes por lá,
    passarei sempre por aqui.

    Te linkei,ta?!
    Beijos.

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  3. talvez a espera seja apenas o medo de começar ou terminar algo. talvez seja apenas a negação do presente...(não realmente ligada ao futuro, como a gente costuma pensar)

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