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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

temporal

Chove muito na minha casa, mais precisamente no meu quintal. Antes de cair chuva a natureza avisou, cordialmente, que faria uma visita. O trovão tornou-se um aviso de que "vai desabar água, mas que é pro nosso bem." Eu poderia abrir um página da internet que me diria em quais estados chove, choverá ou choveu. Os riscos, as melhores avenidas para se trafegar, os lugares mais seguros e o número exato de desabrigados e desamparados. Pois bem, outro dia soube a diferença significativa entre uma coisa e outra:

Desabrigados: Aqueles que já não estão nas suas casas, mas estão hospedados e amparados nas residências de amigos e/ou parentes.
Desamparados: Aqueles que estão na rua da amargura, literalmente, sem ter pra onde ir.

Cinco minutos depois desse texto a chuva parou, de forma lenta, carregando janeiro nas costas. A minha analise sobre as definições de cima farei com apenas uma pessoa: Eu. E posso afirmar que me sinto desabrigada nesse momento da minha vida, mas jamais desamparada. Esperando a vida me mostrar o novo sabor que ela adquiriu, como se o estado líquido das minhas lágrimas ao poucos fosse evaporando e tornando tudo mais quente, calorento. E como toda boa vida que se torna muito, muito, muito quente, uma hora a nuvem desabada, mas não pra sempre. E é pro nosso bem, é pro nosso bem.

Um comentário:

  1. afinal a chuva sempre nos ajuda a nos vê e acharmos a melhor solução para os problemas,ela nunca nos desampara...

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