Os olhos cansados não dão trégua, e o cansaço faz que rola na cama, te cutuca, te chama para acordar, acordar sem nem ao menos ter dormido. É o tempo perdido; no escuro de becos intravenosos, em sussurros e suspiros de batimentos cardíacos, nas palavras esperando por não serem ditas.
A gente se cala na poeira, se mantém em desuso. Mas se apaixona por planos jogados nas calçadas, pendendo entre as valetas da rua. Que infantilidade querer chamar a atenção de nós mesmos para estímulos de pseudovida e falsa liberdade. Pois falta sono e sonhos palpáveis, litros de cafeína e quilos de chocolate que poderiam se tornar a cura da ansiedade.
Mas deixa que eu me resolva na distração da tentativa de descrever o gosto do céu onde você me tem levado durante todos esses dias, e gastarei a eternidade tentando dizer o que assisto nos seus olhos. Preciso da sua certeza de me ter em seus braços por todos os seus amanhãs.
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