Juro que não sei o que você fez das minhas noites. Sem você elas são intermináveis, trocam de lugar com o tédio, me pintam olheiras, e fazem do sono algo inquietante. Fico horas brincando de mudar de posição na cama, pensando em tudo, e tudo te tem de alguma forma.
Nunca estiquei tanto minha imaginação como nesses últimos meses. É de sentir meus lábios beijando suas pálpebras para que seu sono venha junto com o meu. Poder dormir sem dizer adeus, até logo, ou qualquer coisa parecida. Tão real quanto sentir seu cheiro no abraço mais apertado. É tanta imaginação, que me faz acreditar na morte do final no recomeço de começos.
Juro que não sei o que você fez de mim. Certamente colocou uma etiqueta com seu nome dentro dos meus sonhos. São seus ou só sonho com você aqui, agora.
Então eu senti que faltava algo pela manhã, talvez um livro novo para ler, ou aquele seu beijo de bom dia. A gente não escolhe por quem cair, e nem sempre dá vontade de escolher... a gente só cai.
E você pode até achar engraçado o jeito como eu quero estar perto sempre, mesmo de longe. Então, espere por amanhã, espere só por amanhã! Que eu faço desses dias de tentativa de distancia uma corda para te puxar, te trazer até aqui... sem te amarrar.
Não sei por que, e preciso perguntar... será que será sempre tudo tão previsível assim? Eu já sabia disso quando comecei. E também sei que seria impossível deixar, só deixar como está.
Eu vejo que as vezes fica difícil de acreditar em você.
Então, vou apenas acreditar em nós.
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