sábado, 9 de maio de 2009
Só, assim
Depois a noite atrofiava os músculos, depois o tédio atrofiava o cérebro, e foi assim, depois que o pulmão virou fumaça. Bem, não era nada, nem era alguém. Já não era. E se fosse, no vai e vem dessas idéias cansadas, qualquer um perderia seus sentidos. Ia dando descaso à vontade de falar, fechando-se à vontade de ouvir, mostrava as pálpebras para não olhar, deitava de bruços para as palmas não tocar. Depois se afogando na preguiça, no mar de sono posto um travesseiro, foi o fim. Dormindo um tempo que não tinha, desistindo de desistir da desistência.
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