Não sei de quem é a culpa, mas vou culpar esse sentimento de desperdício. A sua não-presença tomou muito das minhas ações. E omitindo parágrafos, e as poucas idéias que pipocaram na minha cabeça. Falta de reação. Já não correspondo à minha idade. Para falar a verdade, é ela que não corresponde mais, e perdeu a maioria do significado assim.
Os dias passam lentamente e sem serem percebidos, da mesma forma que as minhas vontades, ignoradas uma a uma. Quero falar alto mesmo sem ao menos medir as palavras, quero tirar os sapatos parar sujar as meias, quero trocar meu armário, mas mais do que tudo, quero me esquecer naquele colchão. Eu só fiquei com o medo, e não tem tempo para querer. Tenho que ficar parada, assim, nessa direção que me colocaram. Até tentei me deixar enganar, mas o lado bom é o meu lado.
Antes do antes eu precisava de quase nada. Agora deixei a melhor parte de mim para alguém longe daqui. E mesmo longe eu não consigo ficar longe. Por mais que eu esteja onde estou, eu não estou mais presente.
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