Ela estava correndo sem olhar pra trás. Ela corria pra que aquele vento forte batesse no seu rosto mais forte do que as verdades impostas à ela. Ela corria pra que aquele vento forte fosse mais cortante do que a estranheza que as verdades causavam. Era como se o vento inspirasse nela alguma coisa… alguma coisa sem nome – algo relacionado à vontade de continuar e ao mesmo tempo de ir para o outro lado do mundo. Não sei, era como se ela se encontrasse no meio de uma palavra com dois significados, e não gostasse muito de nenhum deles. Ela queria uma terceira palavra. Com um significado só. Mas esse ela não soube explicar.
Se enrolou com os cabelos embaraçando no rosto e disse gritando que sabia de apenas uma coisa no momento. Ela não quer parar. Ela quer correr para o mundo com as próprias pernas – mas com os braços dados a alguém.
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